segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Les Yeux de Marie









por katia maia

Fazia tempo que eu andava afastada do meu universo particular em Francês. Mas, esse ano, resolvi retomar meus estudos da lingua e novamente me descobri absolutamente apaixonada por esse idioma que, digam o qe quiser, para mim é Hors concours.
Pois bem, minha primeira providência foi fazer um teste de nivelamento para ver se ainda consigo me comunicar em francês. Estudei a língua por seis anos, mas havia pelo menos 10 anos que não me arriscava em entabular qualquer diálogo no idioma.
Qual não foi a minha surpresa ao saber pela professora que aplicou o teste que eu estava no nível avançado e que meu francês continuava du très bon niveau.
Pois bem, a coisada que tenho para hoje é uma dica de cantora que um amigo me apresentou e que se chama Andrea Lindsay, uma artista canadense.
Ouvi a música Les Yeux de Marie. Gostei da voz doce e, claro sou suspeita,  da letra em francês. De qualquer forma, é sempre bom a  gente conhecer novos artistas e hoje je vous présente Andrea Lindsay:


terça-feira, 12 de agosto de 2014

Coisas da vida - ou não!


por katia maia

Triste inaugurar esse meu espaço com essa triste notícia para o cinema que é a morte do ator Robin Williams, que, suspeita-se, cometeu suicídio. Eu nem era fã incondicional dele. Nos últimos tempos, confesso, depois das declarações dele sobre o Brasil, eu até tinha ficado um pouco sem paciência para ele.

Mas, a verdade é que ele era sem dúvida um talento e suas participações em vários filmes foram absolutamente marcantes. Claro que aqui entram o inesquecível Sociedade dos Poetas Mortos ("O Captain! My Captain!"), Gênio Indomável, Gaiola das Loucas (sim, eu gostei desse filme), dentre muitos. Muitos tão bons quanto e outros nem tanto.

Mas, tem um filme dele, que nem fez tanto sucesso (aliás, dois) que eu sempre gostei muito: O Pescador de Ilusões, onde ele atua com Jeff Bridges (1991) e outro mais antiguinho – Moscou em Nova York (1984).

Não sei explicar, mas os dois tem cenas que me marcaram para sempre. Uma delas, em Moscou em Nova York, a cena onde o Vladimir Ivanoff (Robin Williams),  está em sua janela da kit pequeniníssima e começa a tocar o instrumento, a canção se espalha pelos neons da cidade.

Essa cena talvez não tenha importância nenhuma no filme. Mas, me marcou pela beleza e angustia que o saxofonista do circo de Moscou, que desertou, passa ao se ver ali, livre do regime comunista e preso pelas liberdades do capitalismo norte-americano.

No outro filme – O Pescador de Ilusões - a história do sem teto Parry (Robin Williams), que vive nas ruas vítima de uma tragédia em sua vida: ele enlouquece depois de ver sua esposa ser assassinada, num bar, bem à sua frente. 

Essa cena fez com que, durante muito tempo, eu não me sentasse de costas para a rua em várias lanchonetes e bares. Sempre com medo de um franco atirador passar feito louco atirando para todo lado, como acontece no filme.


As histórias dos filmes são boas, mas não espetaculares como a Sociedade dos Poetas mortos e Gênio Indomável, mas me marcaram. Ah, Bom dia Vietnã também tem seu lugar de destaque.

Mas, infelizmente, a vida não imita a arte, ou (até) imita e nesse roteiro, o ator que fazia rir em cenas hilárias como as da Babá Quase Perfeita ou mesmo em Gaiola das Loucas, que inspirava a vida e o viver a vida com seu Carpe Diem, em Sociedade dos Poetas Mortos, terminou tragicamente calando a si próprio.